Este ano, o Rio de Janeiro foi nomeado como Capital Mundial do Livro, título concedido pela UNESCO e na Favinho, a literatura faz parte da nossa rotina, pois acreditamos na criança como sujeito de cultura, capaz de produzir conhecimentos e de se conectar com o mundo à sua volta.
As interações com as literaturas alimentam ainda mais as curiosidades infantis e ampliam os olhares: fazem com que as crianças enxerguem não apenas a si mesmas, mas também o além — o outro, o diverso, o que ainda não conhecem.
Nesse sentido, é fundamental reconhecer e valorizar as múltiplas realidades infantis, repensando nossas práticas como educadores das infâncias. A literatura é uma potente aliada nesse caminho: ela nos permite avistar o mundo para fora do que se vê de imediato.
Como nos inspira a escritora Chimamanda Ngozi Adichie, precisamos contar outras histórias — com diversidade racial de autores, de protagonistas, de paisagens e de narrativas. Só assim teceremos um mundo com mais esperançar, como diz Paulo Freire, assumindo nossa incompletude e construindo, desde cedo, a alteridade.
A literatura provoca diálogos e educa para as relações étnico raciais. Falar de uma educação antirracista, mesmo na infância, é promover a pluralidade de saberes e a valorização das culturas — de muitas culturas.